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Nem todo final é feliz

Quando se tem um filho ou uma filha, tudo o que queremos é dar-lhes o melhor, ensinar-lhes o melhor. Lições de como ser uma pessoa de bem, aprender a lidar com tecnologia, a praticar um esporte e a falar uma segunda língua. Mas, talvez, estejamos esquecendo de dar às crianças e adolescentes a lição mais importante: nem sempre tudo dá certo, nem sai como esperávamos. Às vezes, tudo dá muito errado – e a responsabilidade nem sempre está nas nossas mãos. As coisas, por si mesmas, “dão ruim”, como tão bem sintetiza uma gíria carioca.

Final feliz é mais comum em conto de fadas que na vida real. Mas, para proteger aqueles que mais amamos, muitas vezes os isolamos das dores. E, assim, deixamos de ensinar algo precioso: como lidar com os problemas e desventuras da vida.

Viver sem enfrentar problemas é tão impossível quanto aprender a andar sem cair. Mas, ainda assim, como pais e mães não vamos impedir nossos filhos de aprender andar por medo de que ele se machuque. O que fazemos é cercar a criança de cuidados, para que ela esteja em um ambiente controlado quando o tombo acontecer – porque ele é inevitável. Então, por que não preparamos as crianças e adolescentes para se frustrarem, ainda que em um “ambiente controlado”? Muitas vezes, pensamos que é melhor atenuar ou ignorar o fato de que nem sempre tudo acaba bem.

Sem saber que a vida pode dar errado, as crianças não terão recursos para enfrentar e lidar com essas situações no futuro. Tornam-se adultos despreparados psíquica e emocionalmente para os tombos que todos estamos sujeitos a levar. É normal que a vida tenha problemas. Lidar com eles e encará-los como desafios e obstáculos é uma forma de crescer, de tornar-se mais forte, mais sábio, mais hábil para viver. E, em vez de assustar-se quando o problema chega, respirar fundo e tentar resolvê-lo, sem se desestabilizar ou deixar-se afetar excessivamente.

O valor não está em sempre acertar, mas em saber enfrentar com naturalidade e inteligência os problemas que a vida apresenta a cada um de nós: a nota baixa na escola, o fora do namorado, o tombo no skate, o passo errado na apresentação de dança.

Saber que algo pode dar errado não é ficar em permanente estado de alerta. É apenas saber que isso faz parte da vida para que, quando acontecer, saibamos que esta é só mais uma etapa – sem se vitimizar ou paralisar frente ao novo desafio que se descortina.

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