Mindfulness é a qualidade de uma mente presente e sua prática estimula características como foco, empatia e compaixão. Já a Comunicação Não-Violenta é uma prática que tem como objetivo “realizar uma transformação social em nome de uma sociedade mais justa, por meio de relações e ações que cuidem de todos”, como explica Renata Kurtz.
Ao analisarmos essas definições, a relação entre Mindfulness e Comunicação Não-Violenta já começa a ser esclarecida. Mas, para a instrutora de Mindfulness Renata Kurtz, essa relação é, mais isso, íntima. Renata conheceu a Comunicação Não-Violenta há 25 anos e, mais recentemente, teve contato com Mindfulness. “Passei por um processo de pré-burnout, me inscrevi no programa e, da segunda para a terceira semana já comecei a sentir uma melhora”, conta ela. Como também é professora, decidiu fazer a formação para levar a prática para a sala de aula.
“Comunicação Não-Violenta e Mindfulness têm uma relação íntima têm muita semelhança no que diz respeito à consciência, ao discernimento e à compreensão das emoções, do que se passa no corpo. De fazer e escolhas conscientes, em se tratando de qualidade de presença, consciência da intenção e da escolha. São coisas que se complementam”, avalia.
Como professora, ela entende que tanto Mindfulness quanto Comunicação Não-Violenta são assuntos fundamentais no ambiente escolar. Afinal, esse é um espaço privilegiado de convivência, de criação de laços e de preparar-se para conviver em um grupo social mais amplo. Se os alunos puderem exercitar compaixão, empatia e a consciência na maneira de se comunicarem e de entenderem a si mesmos e aos outros dentro da escola, isso certamente terá reflexos positivos em suas vidas mesmo depois dessa fase.
O ambiente escolar tem um potencial de transformação grande. “A escola é um solo fértil para trazer conexão consigo mesmo e conexão com outras pessoas, em um ambiente de cuidado com todos, de paz e não-violência. É lugar privilegiado para essa nova aprendizagem, para se pensar o que estou fazendo, se o que faço tem escolha e o que eu escolho para mim. É ali que aprendo que serei responsável pelas minhas escolhas, então preciso trazer consciência para o que quero e para o impacto que isso trará para mim e outras pessoas”, acredita Renata.
Todo esse conhecimento foi compartilhado no Clube de Práticas MindKids que aconteceu em seis encontros, no final do primeiro semestre do ano. Apenas para assinantes, o Clube reúne psicólogos, professores, profissionais que trabalham com educação e outros. Durante os encontros, baseados em prática, os participantes partilham suas experiências e vivências. E, a cada edição, um assunto diferente é enfocado. Conheça mais entrando em contato com a gente!
