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E se a criança (ou o adolescente) não quiser meditar?

Esta talvez seja uma das perguntas – e um dos temores – mais comuns quando se trata de levar a prática da meditação à sala de aula. No contexto de ensino remoto e salas de aula virtuais, essa questão se repõe também porque o professor parece ter, nessa situação, mais desafios a vencer e menos chances de interagirem com os alunos, acompanhando-os na prática. Por isso, a MindKids promoveu uma Live com este tema. E, para quem não pode acompanhar o encontro, listamos abaixo alguns dos insights que compartilhamos:

  1. Meditar deve ser sempre um convite, nunca uma obrigação ou uma imposição. A meditação flui melhor quando ela é compartilhada. Quando o professor compartilha sua experiência com os alunos, informa como a meditação pode ajudá-lo, a adesão acaba sendo melhor. Perguntar aos alunos se alguma vez eles já passaram por alguma situação em que a meditação pode atuar (por exemplo, falar algo sem pensar e arrepender-se depois; fazer uma prova e ter um branco) é uma maneira de fazê-lo compreender como a prática pode ajudá-los no dia a dia.
  2. Atrair a atenção da criança e posicionar os benefícios da prática na vida de cada uma delas é uma maneira de incentivá-las a meditar. Explicar que, quando elas estiverem sob pressão, se praticarem com regularidade, mindfulness vai abrir um espaço entre o que acontece conosco e nossa reação. Assim, elas saberão o que fazer para acalmar sua tensão, ansiedade ou estresse, sendo uma maneira eficaz de conectá-las aos benefícios da prática.
  3. No ambiente online, as práticas com crianças podem ser mais curtas do que nas aulas presenciais e podem estar incorporadas ao andamento da aula online. A repetição diária da prática, de maneira consistente, ainda que curta, pode tornar o contato com a meditação rotineiro e mais familiar às crianças. Isso pode ser feito no início e/ou para fechar a aula. Se as crianças já têm experiência de meditação anterior, não é raro que elas peçam para parar e respirar. Quando isso acontecer, abrir espaço para o momento de meditação é uma maneira de atendê-las e promover bem-estar e quietude.
  4. Apesar de as práticas serem diferentes e a forma de abordagem e a complexidade serem diferentes, a facilidade para incentivar crianças ou adolescentes a meditar é a mesma. Se, por um lado, as crianças são mais abertas para a meditação; com os adolescentes é possível tratar de assuntos mais complexos: autoconhecimento, responsabilidade social e justiça social, por exemplo.
  5. Muitas vezes alunos do Fundamental II podem apresentar uma certa resistência a mergulharem na prática, por temor de serem julgados por seus pares. A “reputação” que eles esperam criar na turma pode fazer com que eles, por exemplo, não queiram fechar os olhos, para que não sejam observados nessa posição. Nesse caso, sugira que continuem de olhos abertos, com o olhar baixo, apoiado em um ponto a sua frente. Uma abordagem possível é dizer “vocês já passaram da fase de ficar olhando quem está e quem não está fazendo a prática, não é?”. Chamá-los à maturidade é uma estratégia bastante eficaz, bem como oferecer a eles exemplos de ídolos do esporte que praticam meditação.  Nessa idade, as crianças e adolescentes podem se inspirar em amigos para os quais a prática os ajudou de alguma forma. Então, compartilhar essa experiência em sala de aula pode ser bastante interessante.
  6. Para alunos do ensino médio, a meditação pode ser uma prática que ajuda em questões que para eles são cotidianas: escolha de carreira, conflitos com os pais, insegurança quanto ao futuro, relacionamento com os amigos, dificuldades para dormir.  Como a prática é uma prática de tomada de consciência, pode ajudá-los a tomar melhores decisões e a se conhecerem melhor.

E você, tem alguma experiência para dividir com a gente sobre o interesse das crianças e adolescentes em meditar? Comente no Blog!

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