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“Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender”, escreveu Paulo Freire. Não importa a idade dos alunos: se a relação entre alunos e professores for uma conexão verdadeira, o aprendizado sempre será de mão dupla.
Mesmo crianças muito pequenas têm muito a ensinar. E não se trata de conhecimento teórico ou formal, mas de habilidades que a vida adulta, cheia de preocupações e correria, nos faz esquecer.
Professores que aplicam técnicas de mindfulness com seus alunos contam que também aprenderam muito quando se trata de lidar com sensações e sentimentos. Para as crianças menores, é mais difícil elaborar o discurso para expressar sensações e sentimentos, pois nem sempre elas os conhecem pelo nome. Por outro lado, elas ensinam os professores a acolherem seus sentimentos e a usarem as técnicas da prática meditativa de forma simples e trivial.
Elaborando sentimentos
Gabriela Arruda de Souza, professora do primeiro ano da Harmonia, afirma que incentivou suas turmas a dar continuidade às práticas diárias de mindfulness mesmo durante as aulas online, disponibilizando atividades diariamente nas plataformas de digitais. São atividades para as crianças fazerem em casa, com os pais, e também em turma, durante os encontros virtuais com a professora e os colegas. Ela consegue fazer com seus alunos inclusive práticas mais elaboradas, de atenção plena ao corpo, aos sons, à respiração, ao movimento e também práticas de bondade amorosa.
“O trabalho socioemocional tem sido importante para que eles aprendam a nomear as suas sensações, e emoções; a elaborar sentimentos como solidão, saudades e até o luto, em alguns casos”, comenta. Os familiares dos alunos de Gabriela passaram a contar a ela que, quando as crianças passavam por um rompante emocional, recorriam às práticas de mindfulness para voltarem a se centrar. “Um dos casos que mais me chamou a atenção foi de um aluno que estava praticando com os pais e pediu que eles o deixassem sozinho, porque ele precisava se reorganizar. É um belo exemplo de que mindfulness é autocuidado”, relata a professora. Ouvindo estes e outros exemplos de seus alunos (que têm por volta de seis anos de idade), Gabriela conta que sua própria prática pessoal de mindfulness mudou. “Passei a olhar minha prática com outra ótica e entendi que poderia recorrer a ela em momentos mais delicados pelos quais eu estivesse passando”, diz.
Nome às emoções
Já a professora Gabriela Souza Ferreira, que dá aulas para crianças de quatro anos na Escola Internacional de Alphaville, conta sua experiência sobre a prática de mindfulness para crianças tão pequenas. Ela sugere práticas curtas, de menos de um minuto, para que as crianças façam durante as atividades online, duas ou três vezes por semana. Já como “lição de casa”, com o suporte dos pais, as práticas podem ser um pouco mais longas, entre três e cinco minutos.
Ela diz que usa principalmente práticas de atenção plena ao corpo e à respiração. “Como meus alunos têm por volta de quatro anos, para eles é importante construir um vocabulário para que possam expressar suas emoções. Quando vamos falar de emoções, eu recorro às práticas de mindfulness”, explica.
Ela também usa mindfulness quando precisa retomar o foco e a atenção em sala de aula e nas aulas virtuais. E conta uma passagem emocionante. “Eu estava em uma aula online em duplas. Eram dois alunos atendidos por vez. Uma delas expressou tristeza. Eu perguntei como poderia ajudá-la e ela disse que eu nada poderia fazer. O outro aluno então sugeriu que fizéssemos uma prática de respiração, para que ela se sentisse melhor. Esse foi um grande aprendizado para mim: usar o mindfulness não apenas nos momentos de prática, mas para me ajudar e ajudar aos alunos sempre que seja preciso”, conclui.
Por menores que sejam os alunos, ou por mais diferentes que sejam alunos e professores, uma coisa é certa: aprender e ensinar é uma jornada de trocas intensas, que mudam as vidas de todos os que dela participam.
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MindKids @ 2023 – Todos os direitos reservados
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