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4 maneiras de melhorar a concentração das crianças

“Presta atenção!”. A frase, dita com frequência por pais, mães e professores para crianças pode parecer corriqueira, mas traz à tona um dado de realidade: a dificuldade que as crianças têm em se concentrar. Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), uma pesquisa de 2017 mostrou que o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) afeta cerca de 5% das crianças. Mas, se só 5% das crianças têm esse diagnóstico, por que o problema parece ser generalizado? Afinal, a falta de concentração e atenção em crianças é um problema relatado por muitas famílias, principalmente depois da pandemia de Covid-19.

Mas, se nem tudo é TDAH, então o que pode ser? Quando uma criança tem ao seu redor diversos estímulos, ela tende a dividir a atenção para tentar ficar atenta a tudo ao mesmo tempo. Além desta situação comum, há outros fatores: privação de sono, cansaço, sedentarismo, estresse e alimentação desequilibrada, entre outros.

Entretanto, se ao ler o parágrafo anterior você fez um checklist mental e percebeu que a criança em quem você pensou dorme bem, brinca ativamente, corre, pula e come de maneira saudável, pode estar se perguntando: “por que ela não se concentra?”. Se a questão não é de saúde, pode ser comportamental. E, neste caso, este texto é para você. Acompanhe a seguir quatro maneiras simples de melhorar a concentração das crianças:

  • Reduza o tempo de tela

Todo mundo sabe – ou deveria saber – que o excesso de telas ao qual todos fomos expostos durante a fase mais aguda da pandemia de Covid-19 foi prejudicial. E as crianças são mais suscetíveis a este problema. Afinal, é na infância que acontece o desenvolvimento psicomotor, cognitivo e social. Quando essa fase é passada em frente a uma tela, as interações sociais responsáveis por esse desenvolvimento deixam de acontecer. Por isso, este é um assunto tão sério. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que até 2 anos de idade as crianças não fiquem expostas a telas. Entre 2 e 5 anos esse tempo deve ser limitado a apenas uma hora por dia e, até os 10 anos, o tempo de tela não deve ser maior que duas horas diárias. Obviamente, pais e responsáveis devem sempre supervisionar o uso de telas e a exposição, para que fiquem atentos ao conteúdo consumido. Quanto menor o tempo de tela, maior a qualidade de vida dos pequenos. O uso de telas por tempo prolongado pode desregular o sono, atrapalhar o desenvolvimento das habilidades sociais e da linguagem em crianças e prejudicar até o desenvolvimento do cérebro, gerando atrasos cognitivos e déficit de atenção.

  • Ofereça alternativas de entretenimento

Blocos de montar, massinha, quebra-cabeças, lápis de cor, papel, fantoches, livros: alternativas às telas não faltam. Aliás, há quem diga que para uma criança pequena, muitas vezes, a embalagem é mais interessante que o presente. E isto tem uma explicação. Usar a criatividade e a imaginação, descobrir o funcionamento do mundo é uma das coisas mais instigantes para um cérebro que ainda está se desenvolvendo. A TV, o celular e o computador oferecem tudo pronto e tornam a criança mera espectadora – quando a natureza humana é de explorar e criar. Apenas assistir a algo é muito simples. Faz com que o cérebro se acomode e deixe de haver necessidade de se concentrar na atividade. Ao passo que peças de um quebra-cabeças espalhadas no chão podem estimular muitas habilidades novas e, para isso exigem atenção plena naquela atividade. De acordo com pesquisas, desenhar é uma atividade importante no desenvolvimento cognitivo. A atividade é tão importante que foi tema de estudos para Jean Piaget e, certamente, influencia beneficamente a concentração dos pequenos.

  • Reduza a ingestão de açúcar

Legumes, frutas, grãos, verduras… a alimentação da criança pode estar muito adequada e ser muito saudável. Mas, às vezes, o “detalhe” do açúcar é o culpado pela falta de concentração. Se por um lado a glicose é fonte de energia para o cérebro, seu excesso pode até prejudicar o crescimento, ser gatilho para doenças como diabetes e obesidade e estar associado a distúrbios como depressão e ansiedade. O açúcar pode “sobrecarregar” o cérebro, gerando hiperatividade não apenas na infância (quem nunca viu uma criança superestimulada por consumo de açúcar?) mas também na idade adulta. Por isso, reduzir essa ingestão pode beneficiar crianças com dificuldade de concentração e atenção.

  • Pratique Mindfulness

Mindfulness é uma atividade que melhora a concentração e o foco e contribui para que a criança esteja “no tempo presente”, com atenção plena àquilo que está realizando. Uma pesquisa feita na Califórnia oferece um dado interessante: os professores notaram que 83% dos alunos que praticam Mindfulness tinham melhor capacidade de foco.

A prática, quando feita com frequência, periodicamente, ajuda a diminuir a ansiedade, reduz os níveis de estresse e, consequentemente, aumenta a concentração. Benefícios como aumento da empatia também são notados em pesquisas ao redor do mundo. Ao exercitar as qualidades do coração, ficamos mais atentos ao que nós mesmos sentindo, em um círculo virtuoso que nos leva ao aumento do equilíbrio emocional.

Quando está atenta ao outro, a criança se concentra em aspectos nem sempre conscientes: expressões faciais, linguagem corporal e uma série de outros dados que não estão “explícitos”. Por isso, praticar Mindfulness com crianças é uma maneira simples de ajudá-las a se concentrarem com mais profundidade e por mais tempo.

 

E você, tem dicas sobre como aumentar a concentração das crianças? Compartilhe com a gente!

 

 

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