Venha participar do nosso evento.

Evento gratuito!

Blog

Gratidão faz bem e gera alterações cerebrais positivas

Ela oferece benefícios como redução de estresse e aumento do bem-estar

A gratidão surge quando você percebe que há algum bem na sua vida que outras pessoas – ou algo divino ou sobrenatural – ajudaram-no a atingir. É isso o que uma matéria recente, escrita por Christina Caron e publicada no New York Times afirma sobre esta emoção tão importante – e que pode, ela mesma, trazer outros tantos benefícios. Em outras palavras, gratidão é sobre um bem que você recebe e, ao mesmo tempo, senti-la faz bem. É como se fosse criado um ciclo virtuoso de positividade. Por isso, gratidão é algo tão poderoso e importante.

É por causa dessa definição – de que há razões externas pelas quais você atingiu algo bom – que o psicólogo Robert A. Emmons diz que as fontes das coisas boas “estão pelo menos parcialmente fora do eu”. Emmons é um dos autores de um estudo sobre o impacto da gratidão no cotidiano, que aponta que ser grato pode ter efeitos positivos na saúde emocional, interpessoal e até nas relações afetivas.

Mas, apesar de isso parecer tão bom e parecer nos impulsionar a adotar uma postura de gratidão, é interessante notar que, evolutivamente, os seres humanos precisaram estar sempre atentos às ameaças. Para chegarmos onde chegamos enquanto espécie, foi preciso enfrentar muitos perigos: grandes animais, frio e calor extremos, escolher alimentos que não nos intoxicassem. Por isso, era fundamental estarmos atentos aos eventos negativos ao nosso redor. E, assim, isso se tornou uma marca humana: dar mais relevância ao que é negativo do que ao que é positivo.

Como não é tão simples mudar isso (já que é algo ancestral), é preciso treinar o cérebro a sintonizar as coisas positivas que acontecem na vida, reconhecê-las (mesmo se forem muito pequenas) e, só então, desenvolver gratidão por elas. Não é algo natural. É algo que precisa ser treinado diariamente.

E esse treino pode ser feito de maneira simples e com Mindfulness:

  • escrevendo aquilo pelo que se é grato em um dia (escolher um horário específico para isso é uma boa estratégia);
  • compartilhar gratidão com pessoas queridas (agindo com compaixão por elas);
  • passar por experiências positivas (mesmo que sejam pequenas, como tomar um sorvete ou passear com seu cachorro) e torná-las conscientes.

São atitudes simples, mas elas precisam ser conscientes, constantes e periódicas para que o cérebro aprenda a se beneficiar dos benefícios da gratidão. Mindfulness é uma ferramenta importante, que nos ajuda a nos tornar mais conscientes desses momentos.

Aqui, inclusive, vai uma dica: pesquisas apontam que nossa tendência é sermos mais gratos a experiências que a coisas. Os estudos não são conclusivos sobre o porquê isso acontece, mas uma hipótese é que é possível comparar aquilo que temos com o que outros têm; mas o que sentimos quando passamos por uma experiência é único.

A gratidão muda o cérebro?

Não é à toa que tantos estudiosos se debruçam sobre o tema da gratidão. A neurociência já provou que a gratidão muda o cérebro e que isso é benéfico para nós. A gratidão ativa áreas específicas do córtex pré-frontal, como a de recompensas, moralidade, vínculo interpessoal e interações sociais positivas. Quando elas são ativadas, caem os níveis de estresse e aumenta nossa capacidade de entender o que as outras pessoas estão pensando ou sentindo.

A gratidão muda a química do cérebro, aumentando a produção de substâncias que nos ajudam a nos sentirmos bem, como a dopamina, serotonina e oxitocina.  A gratidão acende novas conexões no centro cerebral da felicidade; fomenta a reestruturação cerebral por meio da evocação do pensamento positivo; e reduz a ansiedade, regulando o hormônio do estresse.

Um estudo publicado na revista The Psychologist aponta que a base neural da gratidão não apenas gira em torno das emoções humanas básicas, mas se estende a emoções sociais que têm um importante papel no nosso bem-estar.

Por exemplo, diversos estudos mostram que a gratidão ajuda a melhorar o sono, baixar a pressão arterial, previne o excesso de ingestão de alimentos, motiva as pessoas a fazerem exercício físico, a manter a glicose em níveis normais e fortalece a imunidade, além de ajudar pacientes com problemas cardíacos.

A ciência vem mostrando que os benefícios da gratidão são físicos, psíquicos e emocionais. Mas, para além dela, tenho certeza de que, se você chegou até aqui, mais do que ler, já sentiu como a gratidão consegue nos fazer bem.

Procurando por algo?

Gostaria de adotar essa prática em sua escola?
Veja aqui como a MindKids pode te apoiar!